Você quer um hub ou um altar? A cruzada contábil de Francisco Pauly no BPO da Oposição

Você quer um hub ou um altar? A cruzada contábil de Francisco Pauly no BPO da Oposição

Você quer um hub ou um altar? A cruzada contábil de Francisco Pauly no BPO da Oposição

Todo dia, no covil virtual conhecido como BPO da Oposição, alguém tem a ousadia de preencher o famigerado formulário de entrada e, em vez de passar despercebido como um panfleto de pizzaria, acaba sendo içado ao centro da arena para um ritual que mistura boas-vindas com interrogatório. O nome disso é “jogo de boas-vindas” e, como bons opositores, não é brincadeira. É confronto direto com as dores, as crenças e os delírios messiânicos que acompanham quem quer “resolver tudo” com planilhas e boa vontade.

Neste round, o escolhido foi Francisco Pauly. Sim, com nome de filósofo francês e alma de exorcista fiscal. Ele chegou com a clássica ambição de todo coração BPOzeiro: “Quero poder aceitar todos os clientes que têm necessidade de educação e gestão financeira, mas hoje não consigo.” Bonito, né? Lógico que não. É um convite ao desastre.

Porque esse discurso costuma vir embalado numa caixa de boas intenções, mas recheado de noites mal dormidas, burnout, boletos vencidos e um hub de ferramentas que mais parece um circo de pulgas digital.

E como bons inquisidores da oposição, não deixamos barato. A pergunta que caiu sobre Francisco foi cortante, incômoda, e perfeitamente justa: Você quer um hub ou um altar? Porque soar como salvador é fácil. Difícil é montar um ecossistema que entregue valor sem precisar sacrificar a própria sanidade em troca de aceitação universal.

E aí veio o soco final: O que falta mais hoje? Visão? Estrutura? Ou coragem pra dizer “não” sem culpa e continuar dormindo em paz?

Francisco não fugiu. Não tergiversou. Não buscou a rota de fuga mais comum: o silêncio constrangedor. Ele respondeu. E o que ele entregou foi um mini-manual de como se queimar no fogo da prática para, talvez, um dia se tornar o carvão de uma solução sólida.

Ele começou confessando o óbvio que muitos fingem não ver: “No início dizer ‘não’ é difícil até para testar o modelo e puxar uma escala.”

Sim, amigos. Dizer “não” é como tomar banho gelado: todo mundo diz que faz bem, mas a maioria foge. Francisco, no entanto, mergulhou. Pegou clientes de tudo quanto é canto: oficina mecânica, restaurante, escola que recebia cartão parcelado na Stone. Uma salada indigesta com molho de complicação.

E como era de se esperar, foi surrado. Não por concorrentes, mas pela própria ilusão de que dar conta de tudo é sinônimo de ser bom. “Entregava nada com coisa nenhuma.” Essa frase, sinceramente, merecia virar bordão do grupo. Quem nunca?

Mas aí veio o ponto de virada. Um convite da ex-gerente do Conta Azul. Consultoria vira operação. Operação vira carteira. Francisco ganha maturidade, mas não perde a inquietação. Hoje ele ostenta 15 contas. Um número que, para alguns, parece pouco. Para quem sabe o que significa conciliar parcelamento de maquininha na unha, é uma odisseia.

E como todo bom profissional que está amadurecendo no caos, ele começa a fazer a pergunta certa:

Porque aceitar cliente de qualquer setor é lindo no PowerPoint, mas na vida real, a falta de processos vira um tiro no pé. E software mágico? Spoiler: não existe. No máximo, ferramentas que atendem um setor específico decentemente. O resto é malabarismo.

Francisco ainda enfrenta o monstro da conciliação com o Conta Azul e levanta uma questão crítica: “Tem ferramenta realmente completa no mercado?” Não. Mas continue procurando, talvez ache um duende programador.

Mas talvez essa seja a melhor resposta que você pode ter quando está tentando construir algo escalável: saber que o mundo das ferramentas perfeitas é um delírio, e o que vale é montar uma estrutura funcional com o que existe. E se o mercado for duro demais, talvez a solução esteja em fazer como ele: olhar para franqueadoras, mas com um modelo minimamente ajustado. Nada de sair vendendo sonho sem freio.

A cereja ácida do bolo? O realismo: “No que puderem criticar, façam.” Esse é o tipo de frase que a oposição respeita. Sinal de que há espaço para aprender e também para rachar o ego no meio se for preciso.

O jogo de boas-vindas não é para quem busca palmas. É para quem quer crescer sem se iludir. Francisco chegou com cara de quem queria salvar o mundo. Saiu com cara de quem está disposto a salvar a si mesmo primeiro. E isso, meus caros, é o que separa os que montam hub dos que constroem altar com as próprias vísceras.

Francisco Pauly, parabéns por não fugir. Por encarar e por colocar o dedo na ferida, inclusive na própria.

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No ponto.etc, escrevo o que muitos pensam, mas poucos dizem. Entre sarcasmo e verdades incômodas, meus pitacos podem irritar ou fazer você refletir. De qualquer forma, vão te atingir.

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