Custo e despesa: sim, tem diferença — e não saber disso pode enterrar seu negócio com flores e tudo
Vamos falar sério? Ainda em 2025 tem gente confundindo custo com despesa — e abrindo CNPJ achando que “lucro” é sinônimo de “dinheiro entrando”. Spoiler: não é.
Pra você que já gastou tudo com marketing no Instagram e esqueceu de pagar a conta de luz, respira fundo. Aqui vai uma explicação sem floreios, sem conto de fadas e sem paciência pra erro básico.
O que é custo?
Pense no custo como tudo aquilo que você gasta para produzir ou adquirir o que você vende. É o investimento direto no que gera receita (ou deveria gerar).
Exemplos de custo (pra ver se entra agora):
- Matéria-prima (sem ela, não tem produto, gênio);
- Mão de obra da produção (sim, gente que trabalha pra entregar o que você promete);
- Energia elétrica da fábrica (não da sala do cafezinho);
- Embalagem (a não ser que você venda no saquinho de pão da padaria);
- Depreciação de máquinas (spoiler: tudo envelhece, inclusive seu maquinário).
E o que é despesa?
Despesa é todo aquele gasto que mantém a empresa funcionando, mas não coloca produto na prateleira. É o que te permite continuar existindo no jogo — ainda que não venda nada.
Exemplos de despesa:
- Aluguel do escritório bonito onde ninguém trabalha direito;
- Salário da equipe do marketing que “engaja” mas não converte;
- Conta de internet (óbvio);
- Café e lanchinho da reunião inútil de segunda.
Fixos, variáveis e semivariáveis: o que muda?
Custos e despesas fixas: aconteça o que acontecer, esses custos vão te cobrar no final do mês com a mesma frieza de um boleto vencido. Exemplo? Salário, aluguel, contador (que você só lembra na hora de reclamar do imposto).
Custos e despesas variáveis: mudam de acordo com o volume de produção ou vendas. Vendeu mais? Gastou mais. Vendeu pouco? Teoricamente, gasta menos — teoricamente, porque tem gestor que aumenta o gasto mesmo com queda de receita. Parabéns.
Semivariáveis: uma mistura dos dois. A conta de luz é o exemplo clássico — tem uma parte fixa (a taxa de demanda) e uma parte que varia conforme você liga as máquinas (ou o ar-condicionado no 17º grau).
Por que separar custo de despesa é questão de sobrevivência?
Porque se você mistura tudo no mesmo balaio chamado “gastos”, pode estar torrando dinheiro sem saber onde, como, nem por quê. Resultado? Preço errado, margem ilusória e lucro que só existe no Excel otimista do seu estagiário.
Separar corretamente te ajuda a:
- Calcular margem de contribuição real (e descobrir se está vendendo para perder dinheiro com estilo);
- Fazer um orçamento de verdade, e não um chute;
- Ajustar a operação com inteligência, não no grito.
Planejamento orçamentário sem separar custo e despesa é como fazer dieta só olhando os rótulos “light”
Você pode até montar um orçamento, mas vai viver no modo tentativa-e-erro até a falência.
Já pensou que 30% do seu faturamento devia ir pra mão de obra, mas você enfiou 70% num evento “estratégico” no resort? Pois é. Depois não diga que não avisamos.
Conclusão (se é que você chegou até aqui):
Se você quer sair do modo “empreendedor do caos” e finalmente ter uma empresa com lucro de verdade, aprenda a classificar custos e despesas como um adulto funcional. Ou continue apagando incêndios com gasolina.
Quer mesmo fazer direito? Organize seus números, use uma planilha decente, e — pelo amor da gestão — treine sua equipe.
🔥 Achou útil? Então faça um favor ao capitalismo funcional e compartilhe este artigo com aquele colega que confunde custo com cafézinho gourmet. Quem sabe ele aprende também.
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